sábado, 21 de novembro de 2009

Trabalhos práticos sobre sedimentação...




Este trabalho foi proposto pelo nosso professor de Geologia, no âmbito de analisarmos o processo de sedimentação.
Sendo a sedimentação um processo incluído no ciclo das rochas, realizámos uma experiência para termos uma maior noção sobre o tema estudado.


Aspectos importantes relacionados com a experiência:


Bacia de sedimentação - é usado o termo para se referir a uma área geográfica que exibe uma depressão decorrente da subsidência do terreno, formando uma grande bacia que recebe os sedimentos provenientes das áreas altas que a circundam, os quais vão se acumulando e a medida que vão sendo soterrados, são submetidos a um aumento de pressão e temperatura, iniciando o processo de litificação, formando uma sucessão de estratos de rochas sedimentares.


Princípio da sobreposição – diz-nos que numa sucessão de estratos não deformados qualquer deles é mais antigo do que aquele que o cobre e mais recente do que aquele que lhe serve de base.

Rochas sedimentares – as rochas sedimentares são as que se formam a partir de rochas pré-existentes, por um processo que decorre em várias fases: meteorização, erosão, transporte, deposição e diagénese.
imagem retirada da internet - região sedimentar Arizona
João Coelho; Marcelo Silva; Rafael Poças

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Conferência Europeia de Geoparques

Os geoparques europeus discutem a partir de hoje em Idanha-a-nova estratégias para, conquistado o interesse dos cientistas, ser cada vez mais “o destino turístico do grande público”, disse o presidente da Naturtejo, Armindo Jacinto.
A oitava Conferência Europeia de Geoparques reúne mais de 200 participantes entre hoje e quarta-feira em Idanha-a-Nova, sob o tema “Novos desafios do Geoturismo”.
O anfitrião, Armindo Jacinto – que dirige o primeiro geoparque criado em Portugal –, diz que os desafios passam por “dar a conhecer ao mercado este turismo de natureza específico”, baseado na geologia e paleontologia, mas que se estende a outras actividades.
As escarpas das Portas de Ródão ou os icnofósseis de Penha Garcia são dois dos 16 geomonumentos espalhados por seis municípios (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Proença-a-Nova, Oleiros e Vila Velha de Ródão) do Geopark Naturtejo, aprovado pela UNESCO em 2006. “Há muitas vezes a noção de que o geoparque foi feito para cientistas ou geólogos. De facto, a classe científica está conquistada. Agora falta dar a conhecer à população a versatilidade deste geoturismo”, realça Armindo Jacinto. A Rede Europeia de Geoparques inclui 34 territórios espalhados por 13 países que testemunham a história geológica do planeta, “contada através de um património geológico único que potencia um desenvolvimento económico assente em práticas sustentáveis de turismo de natureza”, conclui.
As sessões de trabalhos vão decorrer amanhã e depois, no Centro Cultural Raiano, em Idanha-a-Nova. Paralelamente haverá uma feira dedicada aos geoparques, na mesma altura em que a vila acolhe a Feira Raiana, que junta portugueses e espanhóis, e o Idanha Film and Internet Festival (IFIF).
Os participantes cobrem pontos dispersos do globo, que vão de representantes dos parques naturais da Islândia, até ao Ministério do Ambiente de Angola e ao Brasil, país que terá a maior delegação estrangeira presente e onde a Naturtejo está a apoiar a criação de geoparques.
A Rede Global de Geoparques é um programa instituído em 1998 pela UNESCO, que visa a promoção e conservação do património geológico do planeta e incentiva a investigação e o desenvolvimento sustentável das comunidades nos territórios abrangidos.

Retirado de: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34928&op=all#cont

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A Viagem de Darwin e a Vida no Universo


A viagem de Darwin e a Vida no Universo
Rosa Doran
11:09 Sexta-feira, 11 de Set de 2009

O NUCLIO - Núcleo Interactivo de Astronomia, em parceria com o Planetário Calouste de Gulbenkian e o Instituto Geográfico do Exército (IGeoE), promove um ciclo de palestras sobre temas que vão de encontro à celebração em 2009 do "Ano Internacional da Astronomia" e dos 150 da publicação da "Origem das Espécies" por Darwin. Estas palestras inserem-se no programa de Verão da Ciência Viva.


A Viagem de Darwin no Beagle


O Beagle ia fazer uma viagem importante para definir distâncias geográficas e para completar e pormenorizar a cartografia da costa da américa do sul. Era importante para os ingleses. Queriam ainda confirmar uns quantos pontos e resolver alguma incerteza de registos com valores diferentes. A cartografia era o elemento essencial da viagem.
Darwin participa como naturalista para fazer companhia ao comandante e para se aproveitar a viagem para recolher exemplares de fauna e flora de locais inexplorados.
E de repente temos uma revolução científica.

domingo, 27 de setembro de 2009

Claude Lévi-Strauss


Claude Lévi-Strauss, cem anos de um intelectual do século


«Se me tornei antropólogo é porque as outras sociedades me interessavam mais do que a minha»


"A sua obra, com uma mensagem humanista e de alcance universal, transformou a nossa visão do Mundo. Interessado em todas as civilizações, ele ensinou-nos a complexidade dos mitos e a diversidade das culturas, assim como sua fragilidade". As frases são de Koichiro Matsuura, director-geral da Unesco, e foram proferidas terça-feira durante a homenagem que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura decidiu fazer a Claude Lévi-Strauss. Hoje, o antropólogo francês graças a quem "sabemos que a riqueza da Humanidade reside na sua diversidade e na sua capacidade de sempre reconhecer o lugar do outro", ainda segundo Matsuura, celebra cem anos.

Nasceu em Bruxelas, filho de um judeu agnóstico. Estudou Direito e Filosofia na Sorbonne, mas deixou direito pelo caminho. É referência da Antropologia Moderna cujo primeiro trabalho etnográfico foi feito ainda durante o curso de Filosofia. Um convite de Marcel Mauss, "pai" da Etnologia francesa para ingressar no recém-criado departamento de etnografía da universidade indicou-lhe o caminho. "Se desejasse estudar a minha própria sociedade, ter-me-ia tornado um especialista em Ciência Política ou Sociologia. Se me tornei antropólogo é porque as outras sociedades me interessavam mais do que a minha", afirmou no documentário «Trópico da Saudade», do antropólogo e realizador brasileiro Marcelo Fortaleza Flores, exibido esta semana na TV francesa. O Brasil está muito presente no século de Lévi-Strauss. Leccionou no polo de Sociologia da Universidade de S.Paulo entre 1935 e 1939 e realizou várias expedições para encontrar indígenas, no Mato Grosso e na Amazónia, com trabalhos de campo nas tribos dos bororo, nambiquara e tupi-kawahib, experiências que o orientaram definitivamente como profissional da antropologia. E depois de se ter tornado referência no mundo académico, o reconhecimento público surgiu quando escreveu sobre o Brasil: «Tristes Trópicos» e «Saudades do Brasil».
A luta contra o racismo, pela diferença:


No encontro de terça-feira, a UNESCO lembrou o papel que o pensamento de Lévi-Strauss teve na formação da organização. "Claude Lévi-Strauss, uma das maiores figuras intelectuais do século XX, acompanhou de perto a história da UNESCO", destacou em comunicado o director-geral Koichiro Matsuura. Depois de ter estado exilado nos Estados Unidos, durante a II Guerra Mundial, e de ter entretanto regressado a Paris para reerguer a universidade e ajudar a fundar o Musée de l'Homme, Lévi-Strauss participou desde finais dos Anos 1940 na comissão internacional encarregada de redigir a primeira declaração da Unesco sobre raça, que foi publicada em 1950. Já em 1971 foi convidado a inaugurar o Ano Internacional da Luta Contra o Racismo, protagonizando na sede da organização a célebre conferência Raça e Cultura. Outra das suas preocupações precoces, foi o ambientalismo. Ao mesmo tempo que fazia investigação e trabalhos de campo na área da Antropologia, e de que resultou a sua defesa das culturas e tradições diferentes, foi o percursor do pensamento ecológico. A mesma forma que levava o homem a alfabetizar os povos não letrados ou a tentar evangelizá-los, poderia levar a uma uniformização, pensava, que seria símbolo de progresso mas ao mesmo tempo de destruição, das culturas e da terra. Claude Lévi-Strauss reformou-se em 1982. Continua a publicar teses sobre artes, música e poesia. E memórias, além de se ter dedicado a outros interesses como a geologia, a botânica e a astronomia. França programou uma série de homenagens. Hoje, no Museu de Quai Branly é o dia Lévi-Strauss, tendo o museu parisiense dedicado às artes e civilizações da América, África, Ásia e Oceania preparado a iniciativa "Claude Lévi-Strauss tem 100 anos". Cem intelectuais - entre os quais Erik Orsenna, Bernard-Henri Lévy ou Julia Kristeva - lerão trechos de obras do antropólogo tendo em fundo uma exposição de fotografias suas. A Biblioteca Nacional da França prestará tributo a Lévi-Strauss com uma apresentação de seus manuscritos, que permitirá a descoberta de "documentos excepcionais" como o manuscrito de "Tristes Trópicos" ou cadernos de trabalho de campo e croquis, entre outros. Paralelamente, está prevista a edição de vários livros sobre o autor ou seus, em reedição.


Filinto Melo adaptado de: http://www.cienciahoje.pt/

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

As tuas estradas...


Poderia aqui deixar enormes questões de ética e de moral…
Também aqui me poderia deixar contaminar por gigantes e intrincadas considerações filosófico-humanistas… !como se delas eu me pudesse fazer valer!
Ou então poderia seguir o caminho da ciência pura e apresentar-vos premissas e conclusões…

Não….

Nada de tão sisudo…

Não

Nada

A vida não é assim?

A vida é da cor do céu e tu…

Tu só precisas duma passarola que te transporte ao longo das asas…

Tu só precisas de ti e da tua imaginação

Tu!... só precisas ser tu.

Então sê! A Elysia Chlorotica nasceu para ti…


Nuno Monteiro

Katydid Glider - uma outra passarola?



Katydid Glider, Chicago, Illinois, 1907
Image from Gilbert H. Grosvenor

Octave Chanute, a 19th-century American aviation pioneer, designed the multiwinged Katydid glider.

—From "Dr. Bell's Man-Lifting Kite," January 1908, National Geographic magazine

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Poema para Galileu - António Gedeão

Pedra Filosofal



Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

António Gedeão, in movimento perpétuo, 1956

fonte: http://www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/antonio_gedeao/pedra_filo.html

Imagem: O Homem de Vitruvio

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Bilhete de Identidade Ecológico

Nome vulgar: Garrano
Nome Científico: Equus caballus
Área de Distribuição: Nordeste de Portugal e Galiza.

Garrano, o cavalo do Norte de Portugal

Garranos em liberdade

De pequena estatura, cor castanha, membros robustos e curtos, perfil côncavo e pescoço grosso adornado por uma densa crina, o Garrano é uma das três raças de cavalos autóctones do território Português (Garrano, Lusitano e Sorraia). Originário da fauna glaciar Paleolítica e representante do cavalo do tipo Celta das regiões montanhosas do Nordeste Ibérico, é um cavalo de monte existente no norte do país, principalmente na serra do Gerês e com especial incidência no Concelho dos Arcos de Valdevez, cujo mesmo vive actualmente em estado semi-selvagem e doméstico.
O cavalo Garrano foi domesticado há vários séculos, estando perfeitamente integrado na vida rural do sistema agrícola de minifúndio no noroeste português, contudo a mecanização da agricultura provocou o desinteresse dos criadores e o retorno dos animais para as zonas de montanha em regime livre. Nas primeiras décadas do século passado, com a submissão das serras portuguesas ao regime florestal, o Garrano quase desapareceu.
Nos anos quarenta do passado século, o governo português pôs em marcha uma operação para recuperar o Garrano. Este cavalo, que alguns autores denominam cavalo celta, forma parte de um grupo de póneis, de origem primitiva, que se estende por todo o Atlântico e o Norte da Europa.
A raça esteve quase extinta em Portugal e para a sua recuperação foi necessário capturar alguns exemplares, minimamente semelhantes ao protótipo celta, que ainda se encontravam em propriedades de camponeses, cruzando-os sucessivamente chegando a aproximar-se, a descendência, o mais possível da pureza original. O primeiro grupo criou-se apenas com 21 exemplares que foram seleccionados entre o efectivo pecuário da zona de Vilarinho das Furnas, para posteriormente serem postos em liberdade na serra. Nas últimas décadas os criadores começaram a libertar no monte outras raças de cavalos. O resultado foi inevitável, os Garranos puros começaram a rarear. Desde 1993, os exemplares que vivem em estado selvagem são poucos e a raça está classificada como ameaçada dentro do Espaço Comunitário (Races d’équidés menacées dans la C.E.E, 1993). Em 1994, o Serviço Nacional Coudélico define o padrão da Raça Garrana e inicia-se o Registo Zootécnico. O Registo Zootécnico permitiu realizar a caracterização zootécnica e determinar o seu efectivo e a sua área de dispersão.
Actualmente estão registados cerca de dois mil indivíduos - 1500 adultos e 500 poldros - dispersos por dezassete concelhos nas províncias do Minho e Trás-os-Montes.

O Garrano doméstico

Os garranos foram preparados desde sempre pelos povos do Nordeste Transmontano para o trabalho do campo e para a sela, eram preparados para: lavrar os campos; semear e sachar os milhos; carregar os matos e os estrumes, as lenhas e as colheitas; transportar o centeio e a farinha. No que toca ao trabalho de sela, estes animais foram utilizados pelos Romanos, para fazer a travessia por entre serranias agrestes. Para tornar a viagem do cavaleiro mais confortável ensinavam-lhes o passo “baixo” também conhecido por “andadura”, movimento em que o cavalo avançava adiantando ao mesmo tempo os dois membros do mesmo lado. Este movimento consiste em duas batidas. O garrano balanceia-se e o cavaleiro é embalado. Não desloca o peso na vertical e por isso não cansa o cavaleiro, podendo assim percorrer meia centena de quilómetros por dia, durante vários dias, por caminhos íngremes e pedregosos, o que antes dos automóveis era uma grande feito.
Ainda hoje nas romarias destas terras não pode faltar a corrida de “passo travado” uma verdadeira atracção, embora hoje estas sejam protagonizadas por equinos não pertencentes na sua maioria à raça aqui descrita, mas isso também são os sinais dos tempos e é a desvalorização de tudo quanto é nosso e que nós como “bons” lusitanos, cedo nos apressamos a desdenhar!

O Garrano no futuro

Os Garranos têm sido cada vez mais utilizados na iniciação das crianças à equitação. Desempenham um papel predominante na Hipoterapia, trabalhando de perto com crianças com problemas de mobilidade. Por tudo isto o futuro embora desconhecido, parece risonho. O futuro deste nosso património genético e cultural depende em grande parte dos transmontanos e todos aqueles, que têm por missão proteger as espécies ameaçadas no nosso país.
Aos transmontanos, em primeira instância porque se o Garrano desaparece, desaparece com ele, uma parte da História e da cultura de um povo. A cultura não é apenas o conhecimento inscrito em livros, é todo o conhecimento, e este apresenta-se de variadas formas e todas elas preciosas. Estes animais representaram uma realidade que não deve ser esquecida, deve sim ser enaltecida para que com base no passado, possamos projectar o futuro.
Como alguém disse um dia “nós seremos lembrados, não apenas por aquilo que construímos, mas também por aquilo que nos recusamos a destruir”.

Páginas a visitar:
http://www.garrano.pt/
http://www.sitiodogarrano.com/
http://www.blogger.com/www.acerg.net